sábado, 29 de janeiro de 2011

Trabalhadores não devem aceitar mínimo de R$ 545 e tabela do Imposto de Renda sem reajuste

Enquanto os deputados, senadores, governadores, ministros e a presidente Dilma já têm "quase" garantidos  reajustes que variam de 61% a 148% em seus salários, o que corresponde a R$ 27 mil mensais, a grande massa de assalariados é moeda de troca nas negociações do novo valor do mínimo, entre o governo de Dilma Rousseff, os partidos aliados e as centrais sindicais pelegas.

O governo petista de Dilma ofereceu R$ 545 para o mínimo e 6,4% aos aposentados. Centrais sindicais que fazem parte da base de apoio do governo no Congresso, como a Força Sindical, que tem à frente o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), e outras governistas como CUT, CGTB, CTB, NCST e UGT pedem um salário mínimo de R$ 580, aumento de 10% para os aposentados e a correção da tabela do Imposto de Renda em 6,43%, o que equivale à inflação de 2010. Muito pouco!

Quanto ao IR, mais uma vez os trabalhadores brasileiros vão sair perdendo. Se a tabela não for corrigida de verdade, haverá um aumento nos impostos descontados diretamente no holerite do trabalhador. Segundo estudos do Sindicato Nacional dos Auditores da Receita Federal, de 1995 a 2010 as perdas com reajustes da tabela, inferiores a inflação, já chegam a 64,1%.

Porém, as centrais fazem jogo de cena. Ameaçam entrar com ação na Justiça se não houver correção da tabela, e apelam para ganhar no voto, no Congresso, um valor do mínimo maior. Isso porque os peemedebistas estão descontentes com a partilha de cargos no governo, inclusive o PDT, do Paulinho da Força. É muita patifaria mesmo! Fazer demagogia em nome do trabalhador para obter migalhas que não resolverão em nada a vida de ninguém! É isso que essas centrais estão fazendo.

Para a Oposição Bancária-Pará, é urgente exigir que a presidente Dilma Rousseff e o PT não aceitem a promulgação pelo Congresso do projeto de lei que reajusta de forma absurda os salários dos parlamentares, inclusive o da própria Dilma, que já disse que para ela era desnecessário.

O novo governo deve dobrar de forma imediata o salário mínimo ou reajustá-lo com o mesmo índice do reajuste do salário da presidente, ou seja, 133,96%, rumo ao salário mínimo do Dieese, calculado hoje em R$ 2.132,09 -- o mínimo para que o trabalhador consiga garantir minimamente os gastos com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. Em seguida, reajustar com urgência a tabela do IR para não golpear de vez o pobre bolso de quem trabalha. O resto é conversa fiada de centrais sindicais atreladas ao governo, barganhando uma boquinha em Brasília em nome dos trabalhadores. Vergonhoso!

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